sábado, 23 de novembro de 2013

Fotos do Sábado Pedagógico e Curso Analise Evolutiva do MEM...
no Colégio Cantinho dos Amigos dia 23 de novembro 2013
Mais de 90 participantes...
Só estava frio na rua...dentro do Colégio havia muito "calor humano"



 



























terça-feira, 19 de novembro de 2013


3ª sessão - dia 23 de novembro de 2013 - das 10h às 13h
Colégio Cantinho dos Amigos
Avenida José Afonso 59  2840-736 Arrentela
Contatos: 212 271 411       Site:http://www.ocantinhodosamigos.com
Excecionalmente  3 relatos de prática em simultâneo 
10h PLENARIO : A escrita e o tempo
 Podia, por exemplo, intitular o que me proponho “conviver” convosco, o tempo de aprendizagem da escrita na aprendizagem da escrita do tempo. No entanto fico nas palavras-chaves. Duas ideias com as quais lidamos diariamente na Escola. Profissionalmente damos mais pela escrita que pelo tempo. Contudo queria saber, se soube (sabemos) pensar no tempo que leva a escrita, no tempo que as crianças demoram a aprender a escrever, e quando já sabem escrever o tempo que demoram a fazê-lo.  Desde os Jardins de Infância até aos doutoramentos!
Foi por causa desta “demora inicial” nas aprendizagens que o regimento que vigorou até finais dos anos 70 do seculo passado foi alterado. As crianças iniciavam a escola: 4 classes (o Jardim de Infância era uma inexistência) que se sucediam e das quais se transitava (ou não) no final dos anos. Houve uma forma intermédia em que foram dados dois anos (existiam 2 fases) para as mesmas aprendizagens, para finalmente se atingir a “inteligência”, uma só fase, para as crianças aprenderem sem serem penalizadas… pela falta de tempo. Assim temos vivido, com alguns engulhos, mas sucesso comprovado.
Nunca sonhei que tamanha incompetência, desrespeito e ignorância por parte de quem neste momento administra a Educação em Portugal, impusesse uma regressão de 50 anos em conhecimentos e aquisições. Voltamos atrás pelas piores razões, e com piores consequências, tudo resumido numa palavra chave: exames!!!Luís Goucha (Lisboa)


11h - RELATOS DE PRATICAS - CRECHE - A Creche como um direito da criança
Na nossa escola são múltiplos os modos pelos quais assumimos a partilha como uma forma de estar:seja por uma semente transportada na palma de uma mão, seja nas folhas tenras de uma alface que partilhamos com a sala do lado.
E é ao viver num ambiente de grande riqueza cultural que diariamente "pomos as mãos na terra" e dela retiramos a raíz dos nutrientes essenciais para a vivência de valores democráticos.
Cabe assim ao adulto, de acordo com os princípios e valores do MEM, cultivar um clima de livre expressão, promovendo relações de parceria. Marta Botelho e Maria do Carmo Mendes (Lisboa)
 
11h - RELATOS DE PRATICAS -Matemática na Arte ou a Arte da Matemática
Com esta comunicação pretendemos relatar e refletir sobre o trabalho desenvolvido no âmbito da educação artística em duas salas de jardim de infância.
Aproveitando as oportunidades que a comunidade nos oferece e procurando ir ao encontro dos interesses das crianças, foram surgindo projetos em que a arte e a matemática se cruzaram.
Ao longo da comunicação iremos mostrar como estes projetos foram evoluindo e a forma como aa crianças foram desenvolvendo competências matemáticas através da arte. Helena Ferreira e  Paula Figueira (Setúbal)
 
 




11h -RELATOS DE PRATICAS - A escrita e o tempo

 
 

 
Relativamente ao tempo que demoram as aprendizagens, porquê querer que todos as façam ao mesmo tempo, dentro do mesmo período de tempo, limitadas, avaliadas e excluídas, por esse mesmo ”tempo” que nunca será igual para todos? A democracia na escola a tal obriga ao partir do princípio que com 6 anos as crianças começam uma corrida que vai durar doze anos até um fim. Fim que em si é nada. Aos seis anos a linha de partida nunca foi a mesma para todos e aí ruiu essa tosca  ideia “democrata” de escola. A mesma escola para todos não serve, não presta. Ao fim de quatro anos ou seis ou oito, examinar o que se aprendeu de programas (da treta), é uma nulidade pedagógica, e uma ineficácia total ao pretendido: avaliar os conhecimentos. E quem não foi capaz nesse tempo? Vai fazer o quê? As crianças não existem em teoria pedagógico-didáctica, são pessoas singulares, únicas, e para já, irrepetíveis…
Recolho alguns exemplos dos anos em que tentei interessar as crianças pela escrita, pela aprendizagem da escrita, nunca pelos manuais, onde já tinham garantido o insucesso nas salas de aula. Com algumas imagens que marcaram e alteraram a maneira de me relacionar (com as crianças e…) com a escrita ao longo do tempo (outro titulo possível) verei (veremos) se nos integramos e vivemos melhor com o tempo que nos foge, que temos medo de perder, em inutilidade de actividades. Só com um tempo realmente perdido nos permite deixar as crianças conquistar a aquisição da escrita. De encontrarem o prazer em escrever. De quererem escrever. Com a grande equação a pairar: para que é que eu escrevo? Para quem escrevo? Qual o sentido da minha escrita?
Toda a gente diz que hoje se escreve muito, muito mais que no passado, com o tempo que levo no meio da escrita, e apesar dela, não subscrevo. Escrever bjs, não é beijos, é bêjotaesse e isto é um quotidiano com que me confronto.
 Nunca nos devemos esquecer que somos os únicos animais que podem perder tempo, e que fazemos coisas inúteis, e que isso é que define a nossa inteligência e nos distingue dos outros seres com convivemos (às vezes tão mal) neste planeta. Luis Goucha (Lisboa)